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sábado, 26 de março de 2011

TODOS OS TEXTOS ANTERIORES!!!

Prezados Amigos e Prezadas Amigas,
Abaixo, seguem a relação dos títulos dos textos postados neste Blog, bem como o link para acesso. Segue do texto mais antigo para o texto mais recente. Boa Leitura!

COTAS E BIBLIEX 

COMENTÁRIOS DO CANTOR TONHO MATÉRIA SOBRE RACISMO

PORQUE SOU FAVOR DAS COTAS RACIAIS

BAGÉ-RS: A “PASÁRGADA” DOS NEGROS BRASILEIROS.

OS GOVERNOS MILITARES DEIXARAM SAUDADES?

EXÉRCITO E RELIGIÕES DE MATRIZES AFRO:  INSERÇÃO OU INTOLERÂNCIA?

SÍMBOLOS NACIONAIS: EDUCAR OU SEGREGAR?

POR TRÁS DAS COTAS RACIAIS

EDUCAÇÃO E POLÍCIA: NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

TRISTE CIDADE MARAVILHOSA

DROGAS E VIOLÊNCIA: QUEM SÃO OS VERDADEIROS VILÕES?

LULA VERSUS EDUCAÇÃO: PARA QUE ESTUDAR?

O MAIOR DESAFIO DA NAÇÃO BRASILEIRA: COMO MOTIVAR QUEM NÃO GOSTA DE POLÍTICA?

DE UM NEGRO PARA UM JURISTA BRANCO: PELA GRANDIOSIDADE DO BRASIL, REVEJA SEUS CONCEITOS!

VALORIZAÇÃO POLICIAL: UM DEVER DE TODOS OS CIDADÃOS BRASILEIROS!

SALVADOR: TERRA DE NEGROS COM ELITE ESCRAVOCRATA!

BRASIL: UM PAÍS À PROCURA DE JUSTIÇA!

MEREÇO OU NÃO AJUDAR MEUS PAIS AMADOS, VELHOS E DOENTES?

21 DE MARÇO: UM DIA PARA REFLETIR, PROPOR E COMEMORAR!

PARA OS NEGROS, O “BRASIL” VIRA AS COSTAS!

EMERGÊNCIA? FAVOR PROCURAR OUTRO HOSPITAL!

REPARAÇÃO: POR QUE VEJO CHIFRES NA CABEÇA DE CAVALO?

SER MILITAR, UMA PAIXÃO INEXPLICÁVEL!

A MORTE DE UM COLEGA!

DISCRIMINAÇÃO POSITIVA: UM CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO!

E QUEM PROTEGE OS POLICIAIS?

EXÉRCITO NA SEGURANÇA PÚBLICA!!!

A MINHA LIBERDADE É INEGOCIÁVEL!

O GIGOLÔ DOS NEGROS!


quarta-feira, 16 de março de 2011

O GIGOLÔ DOS NEGROS

Apesar de muitas pessoas negarem o racismo no Brasil, e dizerem que nós negros é que somos racistas, sinto-me na obrigação moral de postar no meu Blog está linda "pérola" esculpida pelo meu querido amigo, professor, poeta e apresentador de televisão, JORGE PORTUGAL (secretaria@jorgeportugal.com.br). O texto, que se inicia no próximo parágrafo, merece ser lido e relido por todas as brasileiras e brasileiros. 

O Estado da Bahia é um histórico gigolô dos negros. O Estado inteiro e, principalmente, sua capital sempre se venderam ao resto do País e ao exterior pela pujança cultural de sua matriz africana. Alguém pode argumentar que na região do semiárido não é tanto assim, que no sertão há uma esmaecida presença do negro e que tudo isso é Bahia também. Mas eu respondo, lembrando que ainda não é pelos belos repentes sertanejos que o mundo se curva à musicalidade brasileira e sim pelo samba e suas variáveis, pelas canções de Caymmi e pelo canto de João. Durante 350 anos, a preguiça do explorador eurodescendente foi garantida pelos braços escravos dos negros na lavoura, na cozinha e nas construções. O azulejo era português, o desenho arquitetônico, às vezes também, mas o suor era negro, o trabalho braçal tinha cor.

Na culinária, não é a rapadura e a carnede-sol (deliciosas!) que seduzem paladares extra-Bahia. É o acarajé, o caruru, o vatapá, enfim, as comidas de orixás, carregadas de cultura no seu tempero e tecnologia negra no seu preparo. Na expressão corporal, a capoeira, espalhada pelo mundo, faz mais pela difusão da língua portuguesa do que todas as embaixadas brasileiras reunidas no planeta. Na literatura, sobretudo a literatura de Jorge e João Ubaldo, são figuras como Gabriela, Pedro Arcanjo, Nego Leléu, Tieta, Maria da Fé, que incendeiam o imaginário dos leitores do mundo e fixam a poesia e a luta de tantos iguais, de carne e osso, que aqui vivem numa sanha sem trégua para conquistar dignidade e respeito.

Enfim, estamos em um Estado (e uma cidade) que deve tudo o que move sua história, economia e cultura ao povo negro e suas invenções geniais. Não importa que a pele da cantora seja mais clara e o seu trio elétrico high-tec. A música que anima o Carnaval e que garante o seu estrondoso sucesso foi composta por um negro. Que continua anônimo, por sinal. Então, cara-pálida, quem é você para querer desancar Márcio Vítor em sua própria casa e Carnaval? Respeite-o e respeite a história desse povo que trabalha sem férias há 500 anos para que você e assemelhados possam “brincar de ser brancos” na Bahia.